“O verdadeiro jejum”

Adoração Eucarística - Março 2017

DIA VOCACIONAL DA FAMÍLIA CARMELITA DE FÁTIMA

I. Leitura bíblica

Do Livro de Isaías (Is 58, 6-11):

“O jejum que Eu quero não será antes este: quebrar as cadeias injustas, desatar os laços da servidão, pôr em liberdade os oprimidos, destruir todos os jugos? Não será repartir o teu pão com o faminto, dar pousada aos pobres sem abrigo, levar roupa aos que não têm que vestir e não voltar as costas ao teu semelhante? Então a tua luz despontará como a aurora e as tuas feridas não tardarão a sarar. Preceder-te-á a tua justiça e seguir-te-á a glória do Senhor. Então, se chamares, o Senhor responderá; se O invocares, dir-te-á: ‘Aqui estou’. Se tirares do meio de ti toda a opressão, os gestos de ameaça e as palavras ofensivas, se deres do teu pão ao faminto e matares a fome ao indigente, brilhará na escuridão a tua luz, e a tua noite será como o meio-dia. O Senhor será sempre o teu guia e saciará a tua alma nos lugares desertos. Dará vigor aos teus ossos, e tu serás como jardim bem regado, como nascente cujas águas nunca secam”.

Meditação

De uma homilia do Papa Francisco:

“Jesus condenou muitas vezes a proposta da piedade dos fariseus e dos doutores da lei: fazer muitas observâncias exteriores, mas sem a verdade do coração. Com efeito, o Senhor diz: «Não jejueis, como fazeis hoje, mudai o vosso coração. E qual é o jejum que eu quero? Quebrar as cadeias injustas, desatar os laços da servidão, pôr em liberdade os oprimidos, repartir o teu pão com o faminto, dar pousada aos pobres sem abrigo, levar roupa aos que não têm que vestir e não voltar as costas ao teu semelhante». Isto é o jejum verdadeiro, que não é apenas exterior, uma observância exterior, mas um jejum que vem do coração”.

Cântico

Para ti, são claras as trevas como a luz: a noite brilha tal como o dia.

[1º momento de silêncio]

II. Leitura bíblica

Do Evangelho de S. Mateus (Mt 6, 16-21):

“Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente no que é oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os destroem e os ladrões os assaltam e roubam. Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não os destroem e os ladrões não os assaltam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração”.

Meditação

De uma Mensagem para a Quaresma do Papa Bento XVI:

“No Novo Testamento, Jesus ressalta a razão profunda do jejum, condenando a atitude dos fariseus, os quais observavam escrupulosamente as prescrições impostas pela lei, mas o seu coração estava distante de Deus. O verdadeiro jejum, repete também noutras partes o Mestre divino, é antes cumprir a vontade do Pai celeste, o qual «vendo o que está oculto, te recompensará» (Mt 6, 18). Ele próprio dá o exemplo respondendo a satanás, no final dos 40 dias transcorridos no deserto, que «nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4, 4). O verdadeiro jejum finaliza-se portanto a comer o «verdadeiro alimento», que é fazer a vontade do Pai (cf. Jo 4, 34). (…) Para os crentes [o jejum] é uma «terapia» para curar tudo o que os impede de se conformarem com a vontade de Deus”.

Cântico

Eu venho, Senhor, para fazer a vossa vontade.

[2º momento de silêncio]

v. Adorações anteriores

 

  [imagem: James Tissot (1836-1902]